Aprender Música

O Movimento Filarmónico tem como objectivo ajudar os jovens a desenvolver as suas capacidades para se tornarem membros activos e responsáveis na sua comunidade. Tendo por base as capacidades musicais de cada um, esse desenvolvimento resulta progressivamente numa maior independência e autonomia. Assim, não chega ouvir “como se deve fazer”, ou ver outros a fazer. Para aprender é necessário experimentar, sentir, concretizar sozinha/o, estar na situação. 

A aprendizagem deve ser um processo dinâmico e activo de participação, não passivo de observação. 

Uma Sociedade deve, então, proporcionar oportunidades pedagógicas que façam a união entre os dois mundos que habitamos: o interior e o exterior. Não só adquirir competências aplicáveis ao quotidiano do dia a dia, no trabalho, escola, etc, mas também ajudar-nos a compreender o que é ser um ser humano e o que nos torna diferentes do resto da vida animal: a imaginação e a empatia, cujo cultivo em contexto filarmónico gera criatividade e intuição. 

Uma Sociedade deve também conectar-nos uns aos outros sob uma mesma ideia de beleza estética, abrindo os nossos horizontes para o desconhecido, estimulando a nossa sensibilidade.  A Sociedade é Filarmonia, do grego philos – amor – e monia – de harmonia, que ama a harmonia no seu grupo. 

No grupo, cada elemento é uma melodia: melos canção ou linha melódica. Da junção de todas as linhas melódicas individuais, resulta uma Harmonia, ou, Filarmonia.  

Na Sociedade/Filarmonia existe sempre a dicotomia entre a descoberta pessoal e a partilha de grupo, entre o eu e o todo, a melodia e a harmonia, o Solo / Tutti. Esta, tal como num Concerto, é composta por um diálogo entre secções solisticas e secções de orquestra, vive da convivência e da ponte entre as duas dimensões, sempre sem privilegiar uma sobre a outra, em pura harmonia.